segunda-feira, junho 22, 2009

O sapo e a água quente



Adapto aqui um texto enviado
pelo advogado Renato Pacca,
que atribui sua autoria a um gerente
de uma agencia bancária em São Paulo:


Vários estudos biológicos demostram
que um sapo colocado num recipiente
com a mesma água de sua lagoa,
fica estático durante todo o tempo
em que aquecemos a água, mesmo que ela ferva.

O sapo não reage ao gradual aumento de temperatura
(mudanças de ambiente) e morre quando a água ferve.
Inchado e feliz.

Por outro lado, outro sapo que seja jogado
nesse recipiente com a água já fervendo,
salta imediatamente para fora.
Meio chamuscado, porém vivo!

Às vezes, somos sapos fervidos.
Não percebemos as mudanças.
Achamos que está tudo muito bom,
ou que o que está mal vai passar -
é só questão de tempo.
Estamos prestes a morrer,
mas ficamos boiando, estáveis e apáticos,
na água que se aquece a cada minuto.

Acabamos morrendo, inchadinhos e felizes,
sem termos percebido as mudanças à nossa volta.
Sapos fervidos não percebem que além de ser
eficientes (fazer certo as coisas),
precisam ser eficazes (fazer as coisas certas).

E para que isso aconteça, há a necessidade
de um contínuo crescimento, com espaço
para o diálogo, para a comunicação clara,
para dividir e planejar, para uma relação adulta.
O desafio ainda maior está na humildade
em atuar respeitando o pensamento do próximo.
Há sapos fervidos que ainda acreditam que
o fundamental é a obediência, e não a competência:
manda quem pode, e obedece quem tem juízo.

E nisso tudo, onde está a vida de verdade?
É melhor sair meio chamuscado de uma situação,
mas vivos e prontos para agir.


Autor Paulo Coelho
em Mensagens Globo 103

Nenhum comentário: